ONDE IREMOS PARAR

Onde iremos parar

O nosso país tem passado por momentos muito especiais. Para muitos é normal o que está acontecendo. Mas se pararmos para pensar, veremos que a situação merece muito mais atenção.
De uns anos para cá, a situação tem ficado muito preocupante. Lembro-me que quando eu era criança, quando se tomava conhecimento que alguém era ladrão ,furtava ou não era de confiança; aquela pessoa onde morava andava cabisbaixa sem ter coragem de olhar nos olhos dos vizinhos até que por si mesmo se mudava para um lugar desconhecido .
Na década de 80, tive o desprazer de conhecer alguns bandidos que se orgulhavam de serem marginais,isso é, assaltantes. Analisando-os vi que eram uns pobres sem esperanças.
O tempo passou, e na década de 90, apareceu um senador acusado de maracutaia, depois um juiz e uma advogada envolvida no escândalo do INPS. Era o começo de uma era, depois o juiz “Lalau”no caso do Ministério do Trabalho de São Paulo. A partir daí desencadeou-se um monte de escândalos e de pessoas caindo do cavalo: deputados, prefeitos, governadores, empresários, ministros (um montão deles até pareciam normais) etc.
Mas agora saíram da esfera humana , por quê? Nossa esperança está no judiciário.
E deparamos através da imprensa que juizes até do alto escalão judiciário tem se envolvido com maracutaia que mancha imagem da própria justiça . Em quem vamos confiar? Onde o pobre, que leva desvantagem em tudo, que é sofrido enganado ludibriado por todos ,vai parar?
Temos que ter uma resposta urgente das nossas autoridades. E essa resposta é a prisão e punição dos envolvidos de maneira urgente, sem apadrinhamento e sem passar a mão por cima. Porque cidadania é poder confiar no Estado; é poder orgulha-se de onde nasceu é ter a certeza que estamos sendo honesto não por opção mais para contribuirmos com um sistema que acreditamos que é a melhor maneira para criarmos os nossos filhos.
E agora senhores, como ficamos? Será que mais uma vez vamos ser enganados? Será que perderemos o direito a cidadania, o único bem comum que temos? Será que aquilo que nossos avós nos ensinaram estava errado? Que o certo é se dar bem em qualquer situação?
A autonomia do nosso país está em jogo. Ou mudam esse quadro ou daqui para frente vai ser a lei do murici(cada um cuida de si).
Pergunte aos moradores da Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro , às mães que perderam seus filhos por balas perdidas,aos pais de João Helio, como ele respondem a pergunta: Onde iremos parar?


Crônica escrita por Pr. Fernando Maior